“Estar onde estou hoje significa muito para mim. Os programas financiados pelo PEPFAR foram como uma escola e uma ponte que me ajudaram a chegar onde estou hoje”, diz Santos Mucelo, actualmente a trabalhar como Mentor de Laboratório da unidade sanitária de Corromana, no distrito de Molumbo. A unidade sanitária de Corromana é uma das unidades sanitárias que recebeu apoio técnico de uma ONG internacional financiada pelo PEPFAR às Autoridades Sanitárias Provinciais e à Associação local Centro pela Saúde Global (C-Saúde). Baseado na sede do distrito de Molumbo, Santos Mucelo é o Chefe do Laboratório Distrital e a sua própria carreira seguiu uma trajetória semelhante à do apoio prestado à unidade sanitária de Corromana.
Nascido em Mocuba, na província da Zambézia, Santos Mucelo ingressou no Instituto de Ciências de Saúde de Quelimane em 2015 e completou a sua formação académica de nível médio financiada pelo Governo de Moçambique (GdM) em 2017, graduando-se como Técnico de Laboratório. Foi aprovado no processo de admissão do GdM, mas devido a limitações orçamentais do GdM não pôde começar a trabalhar. O seu caso foi e continua a ser semelhante ao de centenas de profissionais de saúde em Moçambique, que apesar de terem as competências necessárias não podem prestar os seus serviços em unidades sanitárias que enfrentam escassez de profissionais de saúde qualificados. Foi neste contexto que, no final de 2018, a ONG internacional Friends in Global Health (FGH), financiada pelo PEPFAR, disponibilizou um sub-acordo às Autoridades Provinciais de Saúde da Zambézia para a contratação de profissionais de saúde de nível médio em toda a província. Santos foi um desses profissionais e começou a trabalhar no distrito rural de Molumbo como técnico de laboratório, concentrando-se no trabalho laboratorial relacionado com o HIV.
“A minha experiência inicial foi muito boa. Não estava à espera de ter esta oportunidade”, recorda Santos. O PEPFAR permitiu-lhe entrar no ambiente profissional, aplicar os seus conhecimentos académicos e iniciar uma carreira promissora. Mas o início não foi isento de obstáculos. O trabalho no terreno trouxe desafios práticos e emocionais, mas também ensinamentos inestimáveis. “Foi o meu primeiro contacto com doentes na linha da frente e a vida no terreno não foi fácil. No entanto, esta experiência ensinou-me muito sobre trabalho de equipa e como lidar com a adversidade.”“Foi o meu primeiro contacto com doentes na linha da frente e a vida no terreno não foi fácil. No entanto, esta experiência ensinou-me muito sobre trabalho de equipa e como lidar com a adversidade.””
Santos participou em acções de formação técnica financiadas pelo PEPFAR e recebeu orientações que engrandeceram significativamente as suas competências. “Aprendi muito e ainda estou a aprender. Estas formações e as orientações regulares foram vitais para o meu crescimento e continuam a influenciar directamente o meu trabalho.”. “Aprendi muito e ainda estou a aprender. Estas formações e as orientações regulares foram vitais para o meu crescimento e continuam a influenciar directamente o meu trabalho.””
Em 2020, Santos atingiu um marco na sua carreira quando foi finalmente integrado na folha de pagamentos do GdM. Continuou a crescer e hoje, como Chefe do Laboratório Distrital em Molumbo, supervisiona equipas e garante a qualidade dos serviços prestados em todas as unidades de saúde do distrito.
Em Outubro de 2024, com o financiamento do PEPFAR através dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a C-Saúde iniciou a implementação do programa Avante Saúde. A C-Saúde ajuda as autoridades provinciais de saúde a gerir os fundos do PEPFAR e a prestar assistência técnica directa em unidades sanitárias graduadas em cinco distritos da província da Zambézia. Molumbo é um desses distritos e Santos não perdeu a oportunidade:
““Quero continuar a melhorar o sistema de saúde pública. Vou continuar a aplicar tudo o que aprendi”.diz Santos, que é agora um dos mentores das unidades graduadas.
A progressão de Santos do desemprego, à contratação pelo GdM através do apoio de uma ONG internacional, à entrada na folha de pagamentos do governo e, finalmente, a tornar-se mentor de outros provedores do GdM demonstra o poder transformador dos programas PEPFAR. Santos não é uma excepção, mas sim um dos 91 profissionais de saúde em posições de liderança na província da Zambézia, que já foram apoiados por sub-acordos financiados pelo PEPFAR. A C-Saúde trabalha com esses líderes, garantindo que eles aproveitem a oportunidade para retribuir a assistência técnica que receberam e que continuem a capacitar o sistema de saúde pública na província da Zambézia.
